Na sessão desta quarta-feira, dia 20 de maio, a Câmara de Quixadá realizou debate a sobre a educação pública municipal nestes tempos de quarentena. Para comentar as ações adotadas no município, a secretária municipal de educação, Lígia Saraiva Leão, participou da sessão por videoconferência, atendendo convite do vereador Denis Dutra.

A secretária explanou sobre as medidas que estão sendo colocadas em práticas pela pasta durante todo esse período de combate ao coronavírus no Ceará. Lígia afirmou que; “toda equipe da gestão educacional tem trabalhado, diariamente, para ofertar o mínimo de atendimento aos alunos da rede municipal de Quixadá”

Respondendo a questionamento do vereador Louro da Juatama, a secretária afirmou que uma das primeiras ações adotadas foi a distribuição da merenda escolar para as famílias mais carentes. Segundo ela; “a equipe da educação monitorou os alunos oriundos das faixas mais carentes da população e montou uma logística de entrega os itens da merenda escolar para cerca de 12 mil estudantes.

Segundo explicou a gestora; “parte de nossos estudantes, vindos das famílias mais carentes, realizam as melhores refeições do dia em nossas escolas e, neste período tão difícil de crise, não poderíamos deixar de fazer chegar até eles a merenda escolar”. A secretária disse ainda que entre os itens distribuídos há desde massas para mingau, cereais e até legumes.

Conforme explicou a secretária, desde o início da quarentena a gestão educacional buscou atender os estudantes, como forma de garantir a alimentação básica aos que vivenciam situações de vulnerabilidade social e alimentar. E em toda essa logística de distribuição foram aplicadas as medidas de segurança, necessárias neste momento de contágio.

Ao ser questionada pelos vereadores Cabo Marlin e Carlos Eduardo Dudu sobre as ações voltadas para o ensino, Lígia Leão explicou que foram montados métodos de aulas não presenciais para os estudantes regularmente matriculados no sistema municipal de ensino.

Marlin perguntou ainda se houveram treinamentos específicos para os professores que estão atuando com esses novos métodos de ensino. E a secretária explicou que os trabalhos foram implantados de modo que a interação entre família, alunos e escola fosse desenvolvida por meio de plataformas digitais e canais de comunicação virtuais.

Lígia disse que todas as ações educacionais buscaram seguir orientações dos conselhos de educação e foi preciso criar um calendário de atividades não presenciais, em que os professores fariam uso de ferramentas de comunicação para garantir o mínimo aprendizado dos alunos durante esse período temporário de suspensão das aulas presenciais.

Durante sua explanação, os vereadores Professor Damasceno e Evaristo tiveram a oportunidade de questionar sobre qual tipo de assistência a secretaria de educação tem levado aos estudantes que não possuem Internet em casa. Lígia respondeu que, em parceria com as equipes dos agentes de saúde, a secretaria municipal de educação tem feito com que os livros didáticos e exercícios de fixação sejam levados até os estudantes que não possuem condições de acessar conteúdos por meio das redes sociais.

Por conta de toda essa mudança inesperada do cenário educacional; “estamos aprendendo uma nova forma de aprender e ensinando uma nova forma de ensinar”, afirmou Lígia Leão. E por isso, segundo ela, foram necessários buscar formas de atender os alunos que não tem acesso à Internet e o uso do livro didático foi a maneira encontrada.

A secretária disse ainda que a procuradoria municipal está tentando dialogar com as empresas fornecedoras de Internet, para que as mesmas não cortem o fornecimento destes serviços junto às famílias mais carentes, que têm o privilégio de utilizar essas ferramentas em suas residências. Lígia encerrou sua fala agradecendo a participação de todos os vereadores, e colocou a pasta da educação e toda sua equipe aberta para responder futuros questionamentos que forem necessários.